Localizadas em caves com séculos de história, a Experiência Fonseca permite ao visitante conhecer a singularidade do vale do Douro, o papel que a Fonseca tem desempenhado na viticultura sustentável, e também aprender como é feito o vinho do Porto.
A Quinta do Panascal disponibiliza uma visita educacional com contacto direto com as vinhas. Na sala de visitas pode desfrutar de uma bela paisagem e uma degustação comentada de vinhos de Porto.
1815
1815
A casa Fonseca teve a sua origem no início do século XIX. O primeiro registo de comércio do vinho do Porto pela empresa data de 8 de abril de 1815 e pode encontrar-se nos arquivos da Real Companhia Velha, a companhia do reino que detinha o monopólio do setor. Este documento regista a compra de 32 pipas de vinho do Porto pelo fundador da empresa, João dos Santos Fonseca. A sua primeira venda documentada ocorreu em 14 de setembro de 1815, seguida, em 1816, do seu primeiro embarque para o estrangeiro. No período que se seguiu, o negócio de João dos Santos Fonseca prosperou. Em 1820, tornou-se um exportador substancial de vinho do Porto e constituiu uma parceria com Francisco José Gomes Monteiro, membro de uma conhecida família de comerciantes, formando uma nova empresa conhecida como Fonseca & Monteiro. O capital adicional trazido para o negócio por Monteiro permitiu-lhe um maior crescimento adicional e, em 1821, a empresa tinha aumentado as suas compras anuais para 1.139 pipas.
O ano seguinte marcou um ponto decisivo nos destinos da empresa. Em junho de 1822, um enérgico jovem membro da empresa, Manoel Pedro Guimaraens, partiu para a Inglaterra aos 27 anos. Este viria a ter um papel crucial na história da empresa. Crê-se que Manoel Pedro fora contratado por João dos Santos Fonseca, em 1818, antes da parceria societária com a família Monteiro. Manoel Pedro nasceu em 6 de junho de 1795, em São Romão da Ucha, entre as prósperas cidades nortenhas de Braga e de Barcelos e perto do local de nascimento de Francisco José Gomes Monteiro. Manoel Pedro defendia convicções políticas liberais e era um apoiante ativo e franco do movimento constitucionalista português. Ao partir para a Inglaterra, Manoel Pedro esperava escapar da perseguição como defensor da causa liberal. Contudo, também houve um motivo comercial. Um recibo assinado pelo diretor da empresa e que lhe permitiu viajar para Londres mostra que a sua passagem fora paga pela Fonseca & Monteiro. Tinha sido feito um acordo, evidentemente, pelo qual a Fonseca & Monteiro iria continuar a comprar e a enviar vinho do Porto. Manoel Pedro, depois de se estabelecer como um comerciante de vinhos em Londres, seria responsável por vendê-lo.
Em 1823, Manoel Pedro Guimaraens abriu as suas primeiras instalações no Tokenhouse Yard, Lothbury, na cidade de Londres, mudando-se dois anos depois para o número 35 da Abchurch Lane, perto da Lombard Street. Manoel Pedro teve o cuidado de garantir que a marca Fonseca, bem como o seu próprio nome, se tornariam bem reconhecidos. Nos anos que se seguiram, ele negociou simultaneamente em seu próprio nome e com vários nomes comerciais que incorporavam a palavra Fonseca, Monteiro, Guimaraens ou ambos. A sociedade entre Fonseca & Monteiro, no Porto e Manoel Pedro Guimaraens em Londres foi muito produtiva. Os registos da Real Companhia para os anos de 1822 e de 1823 mostram um aumento repentino nas vendas e exportações da Fonseca & Monteiro, números que continuaram a crescer nos anos seguintes.
Manoel Pedro combinou o seu próspero negócio como comerciante de vinhos na Inglaterra como comerciante de vinhos, com o apoio contínuo ao movimento constitucionalista em Portugal. O conflito entre os partidários liberais de D. Maria II, cujo exército foi liderado por
seu pai D. Pedro I, Imperador do Brasil, e os seguidores absolutistas de D. Miguel levou a uma sangrenta guerra civil que durou até 1834 e que terminou com a restauração do trono à Rainha D. Maria II. Durante este período, muitos liberais portugueses estavam exilados em Londres, onde Manoel Pedro lhes proporcionou hospitalidade e apoio financeiro. Na sua tomada de posse, a Rainha D. Maria outorgou-lhe o título de Cavaleiro, e mais tarde o de comendador da Ordem de Cristo, em reconhecimento pelo seu apoio à causa liberal. Em 1834, Manoel Pedro casou com Georgiana Frances Pearson, filha de um advogado. Em setembro de 1836, Georgiana deu à luz o seu primeiro filho, Manoel Fonseca Guimaraens. O seu segundo filho, Pedro Gonçalves Guimaraens, nasceu dois anos depois, em 1838 e o terceiro, Frederico Alexandre, em 1841. Manoel Pedro interessou-se por botânica, especialmente pelo cultivo de Pelargoniums
(sardinheiras ou gerânios), e foi um dos primeiros membros da Royal Botanic Society.
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